A primeira vez que ouvi falar de Israel foi em 1974, quando um evangelista veio fazer uma conferência na igreja onde meu pai frequentava e ele me convidou. Fiquei fascinada pelos slides sobre Israel e a Palestina , o conferencista também havia escrito um livro intitulado« Andando por onde andou Jesus » que era impressionante, meu pai comprou um.
Quando eu li o livro comecei a sonhar em conhecer este país , a descrição era simplesmente incrível, e sobre tudo descobir a verdade sobre muitas coisas escritas na Bíblia que me deixavam intrigada e sem resposta.
Em 2013 , 39 anos depois, consegui realizar a primeira viagem à Israel, um dos maiores sonhos da minha vida, conhecer a terra por onde andou Jesus.
Israel é um país impressionante, é um berço de história, cultura e aprendizado. Conhecer a verdadeira realidade é primordial para nosso crescimento espiritual, sobretudo para mim , que não sou Maria vai com as outras, que questiono tudo, que gosto de saber os porquês de tudo, pois a Bíblia está repleta de enigmas.
Conhecer a vila de Jope, onde se passou a história do profeta Jonas, a de Tatiba, onde Pedro teve a visão da toalha cheia de animais considerados impuros pela a cultura judaica , ver a imagem do grande peixe que engoliu Jonas e poder fazer uma retrospectiva e imaginar o contexto da época e as implicações, foi muito importante para mim.
Cada vez que vou à Israel é um novo aprendizado !
O primeiro aprendizado :
Foi o de que é mais fácil um camelo passar pelo o fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. Mateus 19.24 pode se tornar uma crença limitante para aqueles que não têm conhecimento, pode haver um impacto negativo na vida financeira, porque no seu inconsciente você não quer ficar rico para não perder de entrar no reino do céus. O que Jesus estava querendo dizer com isso ? Existem várias teorias , a mais aceita e provável é uma porta pequena em forma de arco, que existia nos muros de Jerusalém, onde os camelos só conseguiam passar sem a carga, eles poderiam se abaixar e passar para o outro lado, com muita dificuldade, porque a porta era realmente pequena e estreita. Uma replica desta porta está reconstituída no museu, na vila de Nazaré.
Segundo aprendizado :
Fiquei estupefata diante da tecnologia gota à gota que os judeus desenvolveram,que lhes mantêm autônomos, Israel é um deserto verdegante graças à esta tecnologia,que é exportada para vários países. É impressionante observar a diferença entre as fronteiras com os outros países, é o menor país do oriente médio e o único deserto verde.
Terceiro aprendizado :
Foi constatar, pessoalmente, judeus e palestinos conviverem juntos. Existem vilas em Israel que têm mais comércio palestino do que judeu, Jope por exemplo, as famosas Souk(feiras) uma ao lado da outra no centro de Jerusalém. Um dos hotèis em Tel- viv, onde nós ficamos hospedados, os únicos judeus que vimos por lá foram os patrões, todos os colaboradores eram de origem árabe de uma gentileza impressionante, fiquei muito feliz por constatar esta convivência, contradizendo muitas informações que chegam até nós.
Quarto aprendizado:
No Muro das lamentações é impressionante observar multidões de judeus e visitantes do mundo inteiro se lamentarem e colocarem seus pedidos de sonhos e desejos nas brechas dos resto do muro. Me faz lembrar o verso de Lucas 13.34, onde Jesus disse :
» Jerusalém, Jerusalém quantas vezes eu quis juntar teus filhos, como a galinha os seus pintinhos de baixos das asas, e não quiseste?
« Às vezes acontece conosco de deixar passar as oportunidades de nos libertarmos dos nossos conflitos e dores emocionais e passamos o resto da vida lamentando o sofrimento e as consequências das nossas escolhas.
» Ou você tem tempo para cuidar de você ou a vida vai te cobrar. » Rodrigo Cardoso.